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Artista Plástico reinventa o caos para “Não morrer”

 ©FARIA, Paulo Mendes/ AUTVIS
Descoloria

 

 

 

 

Paulo Mendes Faria acredita que nada é por acaso. Fortemente influenciado por uma passagem da sua infância, o artista plástico, nascido em Juiz de Fora (MG), teria despertado a faísca de seu gênio criador ao observar as obras Guernica, de Pablo Picasso (representado pela AUTVIS) e Operários, de Tarsila do Amaral, em uma visita à Bienal de São Paulo, quando tinha apenas 7 anos de idade.



 

“Não sou artista por acaso, ninguém é. Nem posso afirmar quando esse processo começou, mas posso dizer que essas duas grandes obras, em tamanho e qualidade, marcaram minha infância e até hoje me servem de referência. Até porque arte se faz com arte, e nada acontece por acaso. Meu pai era artista frustrado, se formou em odontologia e morreu três meses antes dessa Bienal. Também me levou a passear por muitos lugares”, diz o artista.



 

Inquieto por natureza, Paulo relegou a universidade de Belas Artes, na qual se formou no Rio de Janeiro, para autodescobrir sua produção artística, até então fundamentada em uma “colcha de retalhos”, a partir de visitas ao Núcleo Experimental de Arte (Neart), em Petrópolis, no início da década de 1980, em um ambiente propício para a reinvenção da sua obra e de seu estilo.



 

“O Núcleo foi uma das geniais realizações de Geny Marcondes. Ela levou para Petrópolis, naquele momento, o que eu e alguns outros artistas precisavam: fazer o vomitório! Colocar para fora tudo o que aprendemos e tentar ser! Sabe aquela coisa do conhecimento de si mesmo que foi falada séculos atrás e ninguém se apresentou para dizer que realizou? Era mais ou menos por aí que seguiam os encontros de artistas do Neart, tudo com o glorioso apoio da Funarte, que possibilitou a participação de artistas superconsagrados e provocadores com a Katie Van Sherpenberg, entre outros”, afirma Paulo Mendes.


©FARIA, Paulo Mendes/ AUTVIS
Sem Nome


 

Artesão de qualquer coisa que tenha cor e textura, Paulo Mendes Faria costuma dizer que o seu trabalho como artista se situa na “organização do caos”, conforme ele afirma: “Os materiais existem para serem usados em qualquer tipo de invencionice humana! E se precisarmos de algum outro material, criemos!”. Desse modo, na sua filosofia criativa as matérias-primas se tornam “matérias irmãs”, reforçando seu estilo de criar “pegando e agregando”.

 

 

Fã de diversos gênios do rock’n’roll, suas influências artísticas transpassam por uma mescla entre o renascentismo humanista e a composição libertária de Raul Seixas. “Tenho inquietudes que o Leonardo Da Vinci também tinha, questões que a vertente de artistas construtivos tiveram e ainda têm até hoje... enfim Beatles, Rolling Stones, Tom Jobim e Raul Seixas também entram nessa, porque prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter uma opinião formada sobre tudo!”, brada Paulo Mendes.

 

©FARIA, Paulo Mendes/ AUTVIS
Obelisco



 

Dedicado atualmente ao seu projeto “o paroxismo da cor”, que envolve múltiplos suportes e tem como paradigma uma “acentuação forte de todas as cores, pelo simples fato de que cada uma só existe em função da outra”, o artista plástico já apresentou nesse ano duas exposições individuais e cinco exposições coletivas.
Além disso, em setembro, o artista, filiado à AUTVIS, estará em Juiz de Fora (MG) com mais três exposições coletivas e uma individual, intitulada “Jardim das Delícias”. Afinal, continuar criando é algo sério para Paulo Mendes, como ele mesmo diz: “Ou você inventa ou morre”. Assim, Paulo Mendes Faria segue mais vivo do que nunca.



 

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Autor: Linhas Comunicação

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