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Impressões cubistas

 ©SEVLA, Elias de / AUTVIS, 2015
Esperança Nordestina, 2008


 

 

O sofrimento do dia a dia por meio das impressões cubistas

 

A arte tem o poder de encantar e encher os olhos. E, muitas vezes, consegue ir ainda mais além, como no caso do artista filiado à AUTVIS, Elias Dias de Oliveira, mais conhecido como Elias de Sevla. Aos 18 anos, o rapaz, natural de Governador Valadares (MG), passou por um processo muito difícil, caindo em depressão profunda e chegando a perder parcialmente a memória. “A psicóloga observou que eu tinha aptidão para desenhar e logo me aconselhou a fazer um curso de pintura, como parte do tratamento”, conta Sevla. “Desde pequeno eu desenhava, mas achava que essa arte era muito distante da minha realidade, pois as aulas e os materiais eram muito caros. A psicóloga me explicou que era necessário entrar no curso para me aperfeiçoar e utilizá-lo como terapia. A minha família achou interessante e me incentivou a buscar esse caminho”, lembra.

 

 

Utilizando sua bagagem como mote inicial para as telas, Elias Sevla passou a retratar paisagens da vida cotidiana nas cidades e favelas, além da seca e do sofrimento da população brasileira. A justificativa para essa escolha, segundo ele, está em seu objetivo de difundir e disseminar a arte, aproximando-a da realidade do país. “Quero propiciar o olhar crítico e reflexivo dos fatos históricos, sociais e culturais. Também busco promover a percepção da própria identidade e apresentar caminhos para ampliar o desempenho social integral da região”, explica.

 

©SEVLA, Elias de / AUTVIS
Peregrinos (2011)

 


Para alcançar essa expansão cultural e dar ao público a oportunidade de criar seu próprio olhar sobre a história do Brasil, Elias de Sevla começou no abstracionismo. Depois, trouxe referências do surrealismo e expressionismo, até por fim alcançar seu objetivo no cubismo. “Essa linha me proporciona a chance de traduzir em um só plano toda a riqueza contida ao redor do ser como se tivéssemos uma visão em 360 graus”, diz.

 

 

Sua base na arte cubista vem de grandes nomes, como Cândido Portinari e Picasso, ambos representados pela AUTVIS. “No Brasil, Portinari também relatava em suas obras o sofrimento do povo nordestino e Picasso utilizava a mesma técnica aplicada ao cubismo. Sem dúvida, dois grandes mestres inspiradores!”, emenda Sevla.

 

 

Com obras em óleo sobre tela, acrílica e têmpera, usufruindo de texturas e materiais naturais para retratar a diversidade cultural e etimológica do país, o artista tem conseguido mostrar os traços de toda uma nação e também valorizar as cores das vestimentas principais das regiões retratadas. “Por tudo isso, o observador da minha obra poderá presenciar momentos de alegria e tristeza, momentos de dor e de esperança, tudo em um só plano, em um só instante, em uma só tela, como se os vários atos de uma cena, de repente, se apresentassem em toda a sua plenitude”, explica.

 

©SEVLA, Elias de / AUTVIS, 2015
Mãe, Menina, Moça, 2009

 

 

Aos 32 anos de idade, Sevla vem conseguindo expandir sua arte para o mundo. Hoje, além de diversas exposições itinerantes, tem obras expostas permanentemente no museu Javier de la Rosa, nas Ilhas Canárias, na Espanha. “Culturalmente, a arte é mais apreciada e valorizada na Europa e nos Estados Unidos. Como qualquer artista plástico, me sinto honrado em expor em tais países”, diz. “Ter sucesso e reconhecimento no Brasil é privilégio para poucos, ainda mais em se tratando de um país cuja área das Artes Visuais é tão vasta. Como a arte é valorizada desde os primórdios em outros países, investir no exterior é uma excelente alternativa o artista plástico”.


 

Sobre seu relacionamento com a AUTVIS, Sevla é direto. “É uma Associação fidedigna, que abre grandes possibilidades de licenciamento também em âmbito internacional. Ela me dá suporte no que for necessário para divulgação, segurança e, acima de tudo, ratifica a minha autenticidade. Para o artista visual filiado, isso é um grande privilégio”.

 

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Autor: Linhas Comunicação

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