News

Releituras do nordeste

 © LIMA, EDUARDO/ AUTVIS, Brasil, 2015
Família de gordinhos nordestinos

 

 


Autodidata, o pintor Eduardo Lima começou a explorar diferentes formas de arte aos dez anos. Aos 20 descobriu a pintura, e desde então mostra a realidade do povo nordestino em suas telas, que já foram expostas em diversas galerias pelo país, e na Europa. “Através da minha arte posso divulgar, denunciar e até desmistificar a visão que algumas pessoas têm a respeito do nordestino”, conta Eduardo.

 

Na entrevista abaixo, Eduardo que é filiado da AUTVIS conta como a pintura mudou sua realidade, seu processo de criação e suas influências. Confira:



Você se descreve como autodidata. De que forma a pintura entrou na sua vida?
Fui aquela criança que, durante o tempo escolar, sempre teve destaque na aula de Artes. Sempre fui apaixonado pela arte, por isso, volta e meia me pegava desenhado, esculpindo em argila, gesso e outros materiais que dispunha no momento.
Aos vinte anos quando trabalhava de frentista em posto de combustível, a pintura apareceu na minha vida. Por um acaso vi uma imagem em uma revista e resolvi reproduzir em tela. Comprei tinta e pincel e reproduzi a imagem - vale dizer que ficou horrível - insisti e hoje possuo alguns prêmios relevantes pelo meu trabalho.

 

© LIMA, EDUARDO/ AUTVIS, Brasil, 2015
O menino e os ovos coloridos

 

 

Como foi a sua infância? Como a pintura mudou a sua realidade?
Fui um garoto do interior da Bahia, de origem simples, e que gostava mais de desenhar que qualquer outra brincadeira. Depois que a pintura entrou na minha vida, não só a realidade da minha vida mudou como, a realidade da minha cidade.
Fui o primeiro artista da cidade e consegui influenciar dezenas de pessoas a seguir esse caminho, foi através da arte que a realidade de algumas pessoas de minha cidade mudou também.

 

 

Suas telas tem como tema recorrente o cotidiano da vida do nordestino. De que forma esses temas te afetam?
Sou nordestino, e para mim é bem mais fácil e verdadeiro reproduzir esse tema. Pinto o que vejo e sinto. Minhas obras são o reflexo da minha vivência, e através dela posso divulgar denunciar e até desmistificar a visão que algumas pessoas tem a respeito do nordestino.

 

© LIMA, EDUARDO/ AUTVIS, Brasil, 2015
Forrozeiro

 

 

Como é o seu processo de criação?
Pinto a realidade do nordestino, mas para isso é preciso fazer uma pesquisa relacionada ao tema que quero pintar. Algumas vezes eu faço visitas, passo um tempo na região, vendo como é a realidade daquele local, para sentir a atmosfera. Outras, eu apenas fotografo. Quando pinto no atelier, uso modelos vivos para captar o comportamento da anatomia, e a luz e sombra com aquela forma.

 

 

Você tem alguma grande influência?
Sim, quero que minhas obras tenham a cara do Brasil, por isso meu trabalho é pautado no tropicalismo brasileiro. Sou diretamente influenciado por Tarsila, Portinari (filiado da AUTVIS) e Aldemir Martins, grandes expoentes do gênero.

 

© LIMA, EDUARDO/ AUTVIS, Brasil, 2015
A menina e o pilão

 



Como você tem sido recebido nas suas exposições pelo Brasil e exterior?
Faço um trabalho de fácil compreensão e muita gente se identifica com alguns motivos retratados, por isso sempre obtive bom respaldo em todos os lugares onde tenho levado minha arte.

 



VEJA MAIS OBRAS DO ARTISTA EM SUA GALERIA DA AUTVIS - Clique aqui.

 

© LIMA, EDUARDO/ AUTVIS, Brasil, 2015
O menino que lia para os bichos

 

 

PARA REPRODUZIR OBRAS DE EDUARDO, ENTRE EM CONTATO CONOSCO.

 


CURTA PÁGINA DA AUTVIS DO FACEBOOK - CLIQUE AQUI.

Autor: Nova RS - Bárbara Medeiros

REDES SOCIAIS AUTVIS